O que quero falar hoje não é de pessoas insubstituíveis como da outra vez, mas sim de pessoas que surgem na nossa vida quando menos esperamos. Falo de duas pessoas em concreto.
Uma das melhores coisas que a faculdade me deu foi conhecer pessoas extraordinárias. Quando se chega à faculdade já se tem um grupo de amigos mais ou menos formado e coeso, os mesmos de já algum tempo.
Quando entrei na faculdade não pensava que ia para lá fazer amigos (muito menos eu, que não tenho muita facilidade em fazê-los), quanto mais fazer amizades para a vida. Não achava possível que pessoas com um passado já tão longo (no alto dos seus 18/19/20 anos, claro) e com uma personalidade já tão definida, conseguissem dar-se a conhecer e ter um espírito tão aberto em relação a conhecer outras pessoas.
Se calhar eu é que não sou assim. Se calhar não sou open-minded o suficiente para achar isso. Mas afinal era verdade. Afinal é possível conhecer novas pessoas, fazer amizades - não sei se para a vida, mas isso também nunca se sabe -, ter novamente interesse em falar e contar pormenores da nossa vida aos outros, como se tivéssemos 14 anos outra vez.
E isso tem-me feito bem de uma maneira que não consigo explicar!
Eu dou muita importância às minhas amizades. Talvez demasiada. Dou-me muito aos outros, ajudo, sofro com eles, fico horas à conversa com uma amiga, quando ela está de rastos, se for preciso. Afasto-me quando me sinto a mais, mas sem nunca deixar de me preocupar. É essa a palavra: preocupar. Eu preocupo-me demasiado com os outros.
E depois, quando não tenho tudo isso de volta quando preciso (não que o faça para receber algo em troca), sinto-me mal. Choro, irrito-me, arrependo-me de ter dado demasiado apoio. Eu odeio que me falhem e odeio falhar aos outros.
Há duas pessoas que têm sido uma grande surpresa. Pela positiva, claro.
Duas amigas que conheci o ano passado. Com uma delas a amizade ainda está a ser construída, com a outra já está bem forte.
Houve alguns problemas no início, uns desentendimentos, mas já está tudo ultrapassado.
Atentas, preocupadas, gostam de longas conversas (tal como eu), compreensivas, animadas, divertidas, descomplicadas, pensam da mesma maneira que eu, enfim... Uma lufada de ar fresco na minha vida, que não tem andado no seu melhor nos últimos tempos.
Eu não sei se estas amizades vão durar para sempre. Talvez daqui a meio já não nos falemos, não sei. O que eu sei é que está a ser mesmo bom conhecê-las e dar-me a conhecer. É uma sensação de começar de novo, construir algo do zero. E eu só tenho que lhes agradecer por isso.
Adorei o texto!!! <3
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