29/04/2015

Desabafos de quem pode estar a entrar em depressão

A sensação de vazio é tão grande que não consigo explicar. Começo a achar que tenho mais dias maus do que dias bons. A sério! 
Sabem aquela sensação de que falta alguma coisa? Quando nos sentimos incompletos? Quando parece que somos nós contra o mundo, apesar de estarmos rodeados de amigos? Ou só tristes, pronto? Pois, é mesmo isso. 
 
Não me apetece fazer nada, sair de casa é um castigo, nem para a faculdade me apetece ir. A única coisa que quero é desaparecer durante uns tempos e voltar quando estiver bem. Ir assim para um daqueles retiros espirituais onde anda tudo vestido de branco, sabem? Ir para lá e esperar que fique tudo bem.

Devem estar a perguntar por que raio é que estou assim, mas não posso dizer. A verdade é que também não tenho bem a certeza da razão pela qual só me apetece chorar e dar um tiro a quem me aparece à frente. Tenho muita coisa na minha cabeça a incomodar-me, coisas do mais estúpidas que possam imaginar, mas eu sofro daquele mal de pensar sempre no pior e ser a maior pessimista à face da terra.

Gozar com a infelicidade dos outros é muito fixe, ajuda a melhorar o humor e não sei quê, mas o mais provável é estar tão ou mais infeliz do que essas pessoas. 
Ah, e claro que a vida dos outros parece sempre perfeita, só mesmo a minha é que não presta, o que me irrita ainda mais. Raios partam, mas eu também quero ser (ou parecer) assim feliz. 

E depois choro. Choro, choro, choro como se não houvesse amanhã, o que é uma chatice porque preciso de dormir e não consigo. E chorar sozinha é uma grande merda. É mesmo! Não está lá ninguém para me abraçar e me fazer sentir melhor. Nem preciso que digam que vai ficar tudo bem, só preciso mesmo que me abracem. 
Só que eu só estou com pessoas na faculdade e, como é óbvio, não me estou a ver a desatar a chorar no meio do bar com aquela gente toda a olhar para mim. Até porque depois ia ter de me justificar e eu não gosto disso. Não gosto de ter de explicar o que se passa por duas razões: ia parecer tolinha e ninguém ia perceber. Sim, não iam perceber porque, às vezes, nem eu entendo.

Preciso de acalmar o meu coração, que anda muito stressado, só que não sei como o fazer. Estou assim um bocadito perdida. 
Por isso, ajudem-me lá: cortar os pulsos ou atirar da ponte? O que doer menos, está bem?

(Pessoas, calma, estou a brincar. Ainda me vão aturar durante muito tempo. Podem é só ouvir coisas deprimentes nos próximos tempos, mas nada que não consigam ultrapassar. E não, não estou a entrar em depressão, isto são só problemas de ex-adolescente.)





 


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