Aquilo que se diz - ler é como viajar e esquecer completamente a vida real e os problemas - é mesmo verdade. Quando eu leio (à noite, no quentinho), é como se passasse a fazer parte da vida das personagens, assim como um fantasma que lá está a ver tudo, sem nunca dizer nada.
E acabo mesmo por me esquecer, naquela meia hora, que tenho mil coisas para fazer, que está um tempo de merda lá fora, que não tenho dinheiro para tudo o que quero, e que, lá no fundo, sou uma infeliz.
Por isso, tento ler o mais possível, como uma forma de esquecimento de tudo o que se passa nesta cabeça maluca que pensa sempre no pior.
Só que há um pequeno (grande) problema: quando eu vou à FNAC comprar um livro, apetece-me levar os livros todos. Vou com intenções de comprar um e saio de lá a pensar no próximo que quero comprar, e no seguinte. É impossível eu entrar na FNAC e dizer que não vi nada de jeito - há sempre algum livro ma-ra-vi-lho-so na prateleira a chamar por mim, "Compra-me, eu preciso de ti!". E eu até fico triste porque não se deve ignorar um livro que chama por nós.
Mas o dinheiro (ainda) não me cai do céu, não ganhei o Euromilhões e os livros não são assim tão baratos quanto isso. Até lá contento-me com os livros que encontro em pdf na net (que não são, de todo, a mesma coisa, mas uma pessoa tem de aguentar).
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